Comunicação converge para celular

15-03-2012 10:44

na infobrasil

 

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Para Martha Gabriel, autora do clássico 'Marketing na Era Digital', e palestrante na InfoBrasil, 'pessoas são 2.0, mas gestores 1.0'
FOTO: EBENEZER FONTENELE

Depois do cinema, TV e computador, acesso à internet elevou poder de comunicação do telefone portátil

A chegada dos serviços de acesso à internet em banda larga móvel no Brasil, em 2008, foi o ponto de partida para uma série de mudanças no mercado, para as quais muitas empresas e suas estratégias de marketing ainda não estão preparadas. "As pessoas já são 2.0, mas os gestores ainda são 1.0", diz a escritora Martha Gabriel, autora do livro "Marketing na Era Digital", cuja palestra foi um dos principais tópicos da programação de ontem da InfoBrasil 2014, evento de tecnologia que acontece esta semana em Fortaleza, no Centro de Convenções.

Segundo a especialista, palestrante internacional e autora de quatro livros, a comunicação converge hoje para a chamada "quarta tela", o telefone celular - após a evolução que passou pelas telas do cinema, da TV e do computador -, que ganhou importância ao incorporar o acesso à internet em banda larga.

Estímulo ao uso

Desde o final de 2011, com o início da oferta de planos populares para o acesso móvel - como aquelas promoções em que o usuário pode navegar o dia no celular todo por apenas 50 centavos -, essa onda de mudanças cresceu ainda mais. "Isso muda tudo. A inclusão digital no Brasil vai ser feita via mobile (telefone celular)", diz Martha Gabriel.

Praticidade

"O mobile é a única mídia que está 24 horas com o consumidor", diz a escritora e palestrante. Os empresários brasileiros, na visão de Martha Gabriel, ainda não estão conscientes da força que a quarta tela representa.

"Por que as empresas continuam fazendo publicidade como há cinco anos?", questiona a especialista, citando ainda uma pesquisa que revela que 80% dos websites no Brasil são de má qualidade. "Grande parte das empresas também não têm sites mobile (preparado para serem acessados por aparelhos celulares)", completa. "As pessoas demoram a te achar na internet, e quando encontram, acham um site ruim", critica.

Sentido inverso

Uma das mudanças decorrentes da disseminação do acesso à internet via telefone celular é o que a especialista chama de "inversão do vetor do marketing".

"Antes, a comunicação era das marcas para as pessoas. Agora, é das pessoas para as marcas. O público não é mais só o alvo, passou a ser mídia e gerador de conteúdo", comenta.

De acordo com Martha Gabriel, a revolução da quarta tela continua forte, com uma série de novas tecnologias que estão sendo incorporadas aos dispositivos móveis. São novidades como a RFID (identificação por rádio frequência) - com chips instalados em aparelhos, objetos e lugares interagindo entre si - ou como a NFC (Near Field Communication), que permitirá a comunicação do telefone com outros dispositivos próximos - útil, por exemplo, para fazer pagamentos via celular.

Para a especialista, a chegada da tecnologia 4G, a quarta geração das redes de banda larga móvel, bem mais velozes, também tende a incrementar ainda mais as mudanças.

"Quando tivermos um banda realmente larga, isso vai mudar tudo", acrescenta.

EBENEZER FONTENELE
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